Trilho dos Três Rios: 14,5km de Natureza

Mais para ver três rios

Trilho dos Três Rios

Localização: Ribeira de Fráguas, Albergaria-a-Velha

Coordenadas: 40.757434, -8.424828

Tipo de Percurso: Em circuito

Distância: 14,5km

Tempo: 4h a 5h30

Dificuldade: 8/10

No concelho de Albergaria-a-Velha, distrito de Aveiro, encontramos um trilho extremamente bonito e diversificado, o Trilho dos Três Rios. 

O trilho, que se estende por cerca de 14,5km em circuito, acompanha, como o próprio nome indica, três rios: o Rio Caima (nascido na Serra da Freita), o Rio Pequeno e o Rio Fílveda (podem consultar o folheto do percurso aqui). 

O percurso foi recentemente, a meio de 2020, reaberto após uns merecidos arranjos e, conhecendo já a beleza deste percurso, tivemos de o ir percorrer. 

Para iniciar o percurso deixamos o carro no Vilarinho de São Roque. Um problema aqui é o facto de não haver nenhum estacionamento – existe sim uma rua larga que permite deixar o carro, mas não um lugar definido para estacionamento. 

Deixando o carro na estrada principal, vemos duas placas do percurso: uma indica “Centro de Atividades Radicais e Ambientais de Vilarinho de S. Roque” e segue uma estrada a subir, a outra indica a Capela através de uma estrada a descer. 

Optámos por seguir a indicação do folheto informativo e começar pela subida – e ainda bem que o fizemos. Isto porque o percurso, quer pelo seu comprimento, quer pelo tipo de terreno, é bastante complicado e cansativo. E o momento mais difícil fica assim logo de início: os dois primeiros km de percurso, além de serem sempre a subir, são também percorridos no meio do pinhal, sendo extremamente cansativo. 

Durante esta parte inicial surge um possível desvio para visitar o Cabeço dos Mouros. No entanto, sabendo o que ainda tínhamos pela frente, e uma vez que ainda era um desvio longo, optámos por não o visitar. 

O caminho pelo meio do pinhal continua até se avistar uma ponte: A Ponte do Lagar do Azeite.

Aqui facilmente uma pessoa distraída passa a continuação do percurso. Após se avistar a ponte, atravessa-se por cima e, logo a seguir, à esquerda aparece umas escadas pelo meio do arvoredo que conduz à parte de baixo da ponte – é por essas escadas que se tem de seguir.

Esta distração pode, e quase nos aconteceu, uma vez que, apesar de existirem setas a indicar que o caminho continua para baixo, em momentos em que o arvoredo está mais alto as escadas passam discretamente na paisagem. 

Seguimos assim ao comprido com o Rio Pequeno, deixando nas nossas costas a Ponte que deixou de ser utilizada no século XX. 

O caminho segue assim por caminhos junto aos rios que aparentam pouco terem da mão do homem. Existem também alguns momentos em que é possível descer até junto do rio e descansar um pouco, o que nós recomendamos. 

Seguindo o trilho, passa-se por vários moinhos, alguns em funcionamento, outros desativos, assim como por outra antiga ponte, a Ponte Negra. Nestes momentos atravessa-se a aldeia de Telhadela e, apanhando o Rio Caima, passa-se junto a Nobrijo. 

Algumas partes do percurso são feitos em pinhal, outras junto ao rio e outras em terrenos agrícolas, muito perto das aldeias, havendo assim uma grande diversidade. 

Vamos seguindo assim sempre junto a algum dos três rios e, mais na parte final, recomeçamos a entrar na aldeia, no caso em Ribeira de Fráguas. 

Seguindo por campos agrícolas e por algumas estradas, passando por um fontanário, passa-se em frente à Igreja Matriz de Ribeira de Fráguas e ao Cemitério. Logo a seguir, o caminho continua por um corte à direita (que quase parece que estamos a entrar no jardim de alguém). Mas, se quiserem descansar um pouco, antes de fazerem esse corte, uns metros à frente, existe um café, onde optámos por parar. 

Voltando ao percurso, seguimos por um caminho pedestre apertado que segue junto ao murro do cemitério e voltamos a afastar-nos da aldeia, mais uma vez por caminhos agrícolas. 

Esta parte vai conduzir a um dos momentos mais bonitos: um parque de moinhos. Além da paisagem incrível, este parque está também repleto de pontes e escadas de madeira (por onde passa o trilho), que dão um toque muito bonito à paisagem. 

Terminando o parque, sobe-se umas escadas altas e entra-se na parte final do percurso: novamente junto a um rio, por caminhos feitos pela natureza e feitos pelo homem (como é o caso do Açude dos Ingleses), chegamos à capela e, subindo a parte final do percurso, voltamos ao ponto inicial. 

Apesar de ser um percurso muito bonito, como é possível ver pelas fotos, é também preciso ter noção de que muito do percurso, apesar de ser quase sempre junto ao rio, é feito em pinhal ou em caminhos de terra batida, muitas vezes durante km. Além disso, é um percurso longo e com muitas subidas, exigindo por isso uma maior preparação física. 

Dito isto, é um percurso que vale completamente o esforço, oferecendo durante quase 15km, paisagens maravilhosas e super variadas. 

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