O trilho Piódão – Foz D’ Égua – Chãs D’ Égua, consiste num percurso circular de cerca de 10 km, com início na Aldeia Histórica de Piódão. Este trilho é denominado pelo projeto Visit Arganil de “Percurso Pedestre Os Povos da Ribeira de Piodam”, tendo a designação de PR2. Podem consultar o mapa do percurso no site do projeto aqui.
Para o fazerem na totalidade, recomendamos que considerem sempre 4 a 6 horas de percurso, dependendo das pausas para descanso e do clima, uma vez que este é um percurso mais difícil e que necessita de um maior esforço físico. Adicionalmente, recomendamos mesmo que procurem evitar os meses de Verão ou dias de calor para o realizar – nós fizemos o trilho no pico do Verão e foi extremamente difícil.
Como referido, o trilho tem início na aldeia de Piódão, mais concretamente junto às setas indicativas. Para aqui chegarem devem, a partir do átrio principal da aldeia, seguir pela vossa esquerda. Entre as ruas sinuosas da aldeia, deverão encontrar o ponto de partida.
Aqui podem optar por seguir para qualquer uma das duas aldeias: Foz D’ Égua (para a esquerda) ou Chãs D’ Égua (para a direita). Para quem quer visitar apenas Foz D’ Égua, podem fazer o mesmo caminho de ida e volta ou optar por um (demarcado) percurso alternativo. No nosso caso, optámos por começar pela aldeia de Chãs D’ Égua.
O percurso até Chãs d’Égua é muito variado mas também exaustivo. Seguindo por caminhos rurais, encontramos momentos que nos dão a sensação de caminhar na floresta, momentos na serra e outros nos socalcos, tudo em apenas alguns km.
Esta parte do percurso foi, para nós, extremamente complicada e demorada devido ao calor, obrigando a pausas constantes para recuperar. Quase na chegada a Chãs d’Égua, encontrámos um grupo que estava a regressar porque não tinham conseguido encontrar as marcações. O mesmo aconteceu connosco ao chegar aos socalcos, mas não há necessidade de voltar para trás. Mal avistam a aldeia no topo, mesmo sem encontrarem as marcações, sigam em direção à mesma, subindo os socalcos. Isto faz-se de forma simples e agradável e, mal se aproximam da aldeia, reencontram logo as marcas.
estre trilho é extremamente longo e exaustivo, pelo que se deve evitar os meses de Verão e levar bastante água
Apesar de ser uma aldeia pequena, é bastante agradável de visitar. Aqui, 10 a 15 minutos são suficientes para se conhecer esta aldeia toda construída em xisto. Adicionalmente, existe um pequeno café no topo da aldeia, que oferece uma vista incrível da paisagem em volta onde recomendamos a paragem para recuperar forças e, se necessário, restabelecerem o stock de água. A partir daqui o percurso fica mais isolado, com menos sombras e com mais mudanças frequentes de altitude.
As marcações corretas reaparecem nesta parte do percurso, onde facilmente se percebe por onde seguir. A partir daqui e já em direção a Foz d’Égua, o percurso, apesar de ter pouca sombra, segue na sua maioria junto a um rio, o que torna o trilho mais fresco e facilita a sua realização.
Daqui seguimos descemos e subimos partes de vales, caminhamos por caminhos de terra batida e por estrada e, quando olhamos em frente, encontramos um dos sítios mais famosos do percurso: a praia fluvial de Foz d’Égua, onde pode aproveitar para dar um mergulho.
Também aqui surge um café onde é possível descansar e recarregar energias. Para lá chegar, basta subir as escadas em direção à estrada que passa junto à Praia Fluvial e, a partir daí, descer a rua.
De seguida, já de regresso a Piódão, surgem dois caminhos distintos. O original (percurso 2), mais longo, e o percurso opcional (percurso 2.1), mais curto. Nós tentámos compreender por onde seguia o 2.1 mas encontrámos dificuldade em identificar com as marcações, pelo que optámos por seguir o percurso 2.
Esta fase final do trilho inicia-se com uma subida íngreme e extremamente cansativa. Nesta parte do percurso vimos uma pequena cobra, pelo que recomendamos que tenham atenção ao caminho.
Finda a subida, uma parte do percurso é realizada em estrada. Apesar de não ser a única parte do trilho onde isto acontece, aqui é necessário ter mais atenção uma vez que se trata da principal estrada de acesso a Piódão, tendo por isso uma quantidade significativa de trânsito recorrente.
Feito a parte em estrada, e de volta aos caminhos rurais, avistamos logo o Hotel de Piódão e rapidamente começamos a avistar a aldeia, passando ainda por um conjunto de pequenas pontes pitorescas. Quase na escadaria de acesso à aldeia, temos uma das vistas mais bonitas de todo o percurso: Piódão, ao longe, com as casas todas encaixadas.
Chegamos assim ao fim do percurso no mesmo sítio onde ele foi iniciado, junto às placas indicativas. Apesar de ser um percurso muito cansativo, quer pelo calor, quer pelo relevo, é sem dúvida um percurso que vale a pena para quem vai visitar Piódão e procura conhecer a região.
Se forem fazer o percurso todo, procurem apenas começar antecipadamente uma vez que se trata de um percurso longo e demorado. Simultaneamente, procurem evitar os dias de maior calor. Recomendamos ainda que aproveitem os possíveis lugares de descanso já mencionados.
Este percurso permite, assim, ao longo de cerca de 10km, conhecer Piódão de uma forma completamente diferente, pelo que vale muito a pena apesar da dificuldade associada.