Peso da Régua é uma das regiões mais desenvolvidas da Região Demarcada do Douro (o chamado de Douro Vinhateiro). A cerca de 30 minutos de carro do seu vizinho Pinhão, ligadas pela Estrada Nacional 222, considerada a mais bonita de Portugal, estes dois destinos são paragem obrigatória para quem conhecer o Douro Vinhateiro e ver algumas das suas paisagens mais marcantes.
Esta cidade é famosa pela sua produção de vinho do Porto e, consequentemente, pelo enoturismo, muito presente na região.
Um dos seus pontos principais é também a sua porta de entrada: para quem segue pela EN 222, Peso da Régua surge pela imagem imponente de três grandes pontes lado a lado.
A que permite o acesso de carro é denominada de Ponte da Régua e tem cerca de 90 anos. À sua direita surge a maior das três pontes com 90 metros de altura: a Ponte Miguel Torga, a única que não dá acesso a Peso da Régua, uma vez que por ela passa a autoestrada.
A terceira e mais pequena ponte é a denominada de ponte metálica, sendo também a mais antiga (construída em 1872 para atravessar o rio). Acabou por ser desativada nos anos 40 por estar degradada e, posteriormente, recuperada e melhorada, obtendo o seu aspeto e finalidade atual – o passeio pedonal.
Atravessando estas pontes, segue-se pela direita para entrar no coração da cidade de Peso da Régua. Neste caminho, à direita, surge o chamado Cais do Mercado. Este consiste num antigo armazém de apoio à linha de ferro que está atualmente reconvertido em lojas, havendo aqui vários tipos de negócios como restaurantes e uma casa de vinhos e tapas. Aqui há também esplanadas para quem quiser apreciar o que estes negócios tem a oferecer com vista sob o Douro.
Um elemento engraçado deste edifício trata-se da sua forma: o comprido edifício tem uma certa curvatura, acompanhando a da estrada. Nas traseiras do edifício surge a linha de comboio.
Ao lado deste edifício surge, como seria de esperar, o edifício da Estação Ferroviária da Régua. Apesar de não ter a mesma grandiosidade da Estação de Pinhão, este é também um edifício bonito, em tons de branco e com azulejo na sua base. É daqui que parte o famoso Comboio Histórico do Douro, uma iniciativa da CP.
Seguindo para o coração de Peso da Régua, aparece sempre à nossa esquerda um grande passadiço ribeirinho. Denominada de Ecopista Ribeirinha, tem mais de 2km e oferece algumas das paisagens mais bonitas da cidade: desde a vista sobre as pontes, sobre as vinhas e socalcos do outro lado do Rio e até mesmo as referências às caves que se destacam na paisagem. Recomendamos que, como nós, a percorram a pé durante a hora do pôr do sol.
Numa das pontas deste percurso encontram o Cais da Régua, onde existem normalmente várias ofertas de passeios pelo Rio Douro.
Além destas atividades, e para quem prefere museus, tem pode sempre visitar o Museu do Douro, que, como o nome indica, foca-se na cultura vinhateira.
Para quem quiser aventurar-se nas redondezas, além de diversas vilas, como Pinhão, São Xisto e Provesende, existem também vários miradouros, quintas e património religioso.
A nível religioso, encontramos o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios de Lamego (a cerca de 20 km para sul). Relativamente a miradouros, os dois melhores nas redondezas são o Miradouro de São Leonardo de Galafura (a cerca de 20km de carro, com uma vista linda sobre as curvas do rio Douro) e o Miradouro de Santo António do Loureiro (a cerca de 8km, sendo que tem uma vista sob Peso da Régua, com o Rio Douro em menor destaque). Além destes, existem muitos outros miradouros nas redondezas, é uma questão de estar atento às placas (muitas artesanais) que vão surgindo pelo caminho.
Por último, o enoturismo. Em volta de Peso da Régua encontramos diferentes quintas, muitas de vinhos conhecidos, como a Quinta do Vallado, a Quinta de São Domingos e a Quinta da Pacheca (conhecida pelo seu alojamento com quartos em forma de pipas). No nosso caso, optámos por visitar e fazer a degustação de da Quinta da Pacheca (podem ficar a conhecer mais aqui).
mais para ver
no Douro Vinhateiro