Do alto da serra de Sintra, olha-nos o colorido e imponente Palácio da Pena (de nome completo Palácio Nacional da Pena). As suas cores vivida e o seu estilo revivalista convidam-nos ao longe a visitá-lo. E assim fomos!
No local que hoje conhecemos como Palácio da Pena, começou por existir, no século XII, uma capela. Posteriormente, por ordem do rei, foi construído o Real Mosteiro de Nossa Senhora da Pena, que veio depois a ser muito destruído no Terramoto de Lisboa de 1755.
Terminou as suas funções como mosteiro apenas cerca de cem anos depois, quando as ordens religiosas foram extintas. É a D. Fernando II que se deve a criação do atual Parque e Palácio Nacional da Pena, havendo diversas referências à sua vivência no interior do palácio.
Posteriormente, dá-se uma segunda fase de construção, já a mando do rei D. Carlos I. É desde 1910 classificado como Monumento Nacional e, desde 1995, Património da UNESCO.
Quer pelo Palácio imponente, quer pelos seus 85 hectares de terreno envolvente, o Parque e Palácio da Pena é considerado paragem obrigatória para quem visita Sintra.
A entrada tem um custo de 14€ / adulto (13.3€, se comprado online), sendo que atualmente é necessário reservar hora de entrada.
Assim, no nosso último dia em Sintra, decidimos aventurar-nos à descoberta de um dos monumentos mais conhecidos de Portugal. No entanto, este processo não foi tão fácil como esperávamos.
O primeiro aspeto constatado foi o acesso difícil. Não é mais possível conduzir o nosso carro até à entrada do Parque e isto não está explícito com a devida antecedência. A não ser que nos entreguemos aos típicos Tuk Tuk’s da cidade, ou outros veículos auturizados, é-nos exigida uma subida em caminhada, que consideramos difícil. Esta poderá ser feita tanto pela estrada principal da serra (Estrada da Pena), como pelo acesso ao Castelo dos Mouros, onde é indicada a direção e a distância do percurso. Optámos pelo último, foram cerca de 3km com muita subida e muitas escadas.
O Palácio da Pena tem o custo de 14€ (adulto), sendo possível comprar o bilhete apenas para o parque
Ao passar a entrada, são-nos apresentadas diversas placas indicativas dos melhores pontos de atração do Parque. Ficámos de imediato a perceber a imensidão da área que o envolve, pelas distâncias indicadas e rapidamente compreendemos que não seria possível visitar o parque todo a pé.
Existe sim um autocarro interno que permite visitar os diferentes pontos do parque, mas nós não nos informámos relativamente aos preços porque não era do nosso interesse.
A verdade é que dada a hora tardia a que chegámos, e culpando aqui o não contemplado difícil acesso, optamos por visitar apenas o Palácio.
Iniciámos a subida a pé, já dentro do Parque. O palácio vai-se escondendo entre árvores, mas ao fim dos 300m, eis que surge e impressiona de imediato.
Começamos a ser conduzidos pelas grotescas paredes e a imergir nas pequenas ruas daquele conto de fadas. O exterior do palácio é de livre exploração, ainda que tenha apenas o bilhete “Parque”. É o lugar ideal para tirar as suas fotografias!
É também aqui que, quase escondida pelas imensas portas do palácio, encontramos uma antiga capela, com uma janela em vitral magnífica.
Após conhecermos todo o exterior do Palácio decidimos ir então fazer a visita ao seu interior. É necessário ter em atenção que o horário de encerramento do Palácio é diferente do do Parque, e pelo que nos foi dito, diferente do que tínhamos visto online, então recomendamos perguntarem na bilheteira.
A visita ao Palácio está extremamente bem organizada, funcionando em circuito.
Durante a visita é mencionada a existência de um Palácio Velho e de um Palácio Novo, este último mandado edificar por D. Fernando II, sendo nítida a diferença arquitetónica entre as duas partes do palácio.
No interior do Palácio Nacional da Pena destacam-se assim diversas salas, quer pelo luxo nelas encontradas, quer pela diversidade. Alguns exemplos mais notórios são a Sala dos Veados, rodeada com cabeças de veados em toda a volta do seu teto em roda, o Salão Nobre, onde há uma grande mistura de estilos e o Claustro Manuelino, uma zona aberta no centro do palácio e que lembra contos de fadas.
Já no Parque do Palácio, que infelizmente não tivemos hipóteses de visitar, encontram-se construções como o Chalé da Condessa de Edla (a mais de um km do Palácio), as Cavalariças, a Estátua do Guerreiro, a Cruz Alta (sendo ambas possíveis de ver ao longe entre as árvores) e muitas outras construções aparentemente incríveis.
No entanto, é realmente necessário ou visitar o Parque e o Palácio durante um dia inteiro, e prontos a caminhar bastante, uma vez que está tudo espalhado, muitas coisas a mais de um kilómetro do palácio, e em direções diferentes. Ou utilizar os autocarros inteiros, o que nós já não tivemos hipótese de fazer por causa da hora a que fomos. Para terem uma melhor noção do tamanho do parque podem consultar o mapa aqui.
Um último destaque tem de ser para a paisagem. Do Palácio, além de se ver Sintra e toda a sua envolvente até ao mar, é também possível ver o Castelo dos Mouros, uma construção de defesa tão próxima.
A visita ao Parque e Palácio da Pena, apesar de ser mais cara que os outros monumentos em Sintra, vale completamente a pena, mas os acessos e a circulação lá dentro é um problema, então mantenham isso em atenção quando visitarem a mítica e fantasiosa Serra de Sintra.
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