O Parque e Palácio de Monserrate, localiza-se na Rua Visconde de Monserrate, Sintra. Integrado nos Parques de Sintra, o Monserrate passa muitas vezes despercebido ao pé de outras grandes obras como o Palácio da Pena. No entanto, nós consideramos que este é um dos melhores destinos em Sintra.
Os bilhetes de visita (2020) podem ser comprados presencialmente na bilheteira (8€/adulto) ou online (com 5% de desconto, sendo 7,60€/adulto).
Sobre a Construção
Apesar do primeiro edifício construído no atual Parque de Monserrate ter origem no século XVI, aquele que é atualmente visitado foi apenas construído no século XIX.
Ao longo dos anos, diversas pessoas residiram nesta propriedade, alterando a sua estrutura. Por aqui passaram pessoas ligadas ao Hospital de Todos os Santos de Lisboa, um comendador de Cristo e Vice-rei da Índia, comerciantes e até um escritor inglês.
No entanto, é apenas no século XIX, quando Francis Cook, um comerciante inglês, conhece o local que manda construir o palácio hoje conhecido, ao estilo inglês e inserindo-se no género romântico.
O novo proprietário criou assim uma propriedade com influências góticas, indianas e sugestões mouriscas.
Também nos jardins encontramos diferentes influências. No total, terão trabalhado na construção do Parque e Palácio de Monserrate mais de 2000 pessoas (podem conhecer mais da história no próprio site aqui).
Além da construção do Parque e Palácio de Monserrate, Francis Cook foi associado a outras obras na região, tendo obtido o título de Visconde de Monserrate, atribuído pelo rei D. Luís I.
Posteriormente, o palácio, e o seu interior, são vendidos como consequência de problemas monetários na família Cook. É possível ver alguns recortes de jornais da época a anunciar as vendas em algumas salas do Palácio.
No final da primeira metade do século XX o Governo adquiriu o Palácio. Desde 2000 este integra a Parques de Sintra e está aberta ao público desde 2010.
o que ver no Monserrate
Mal entramos no parque somos deparados com diferentes possíveis direções que, através de caminhos ladeados pela mais diversificada flora, nos conduz a diferentes partes do parque. Além do palácio, existe também um lago, uma cascata, as ruínas de uma antiga capela, um roseiral, o vale dos fetos, o Jardim do Japão, o Jardim do México e muitas outras localizações lindas e diferentes.
Nós optámos por seguir em direção ao lago, passando pelo Arco de Vathek, um arco todo feito em pedra (na imagem acima), conduzindo até ao lago.
Seguindo, encontrámos vários caminhos e optámos por visitar as ruinas da antiga capela.
Esta é descrita pelo Parque como sendo uma falsa ruína, da autoria de Francis Cook, e onde terá existido um sarcófago.
Seguindo o caminho, deparamo-nos com o Vale dos Fetos, onde, segundo as placas informativas, existem mais de 40 espécies de fetos, estando esta área em processo de restauro desde 2008.
Passando por esta parte do jardim, encontramos diferentes árvores que se destacam por serem nitidamente espécies completamente diferentes, demonstrando, mais uma vez, o quão grandioso é este parque a nível de flora.
Terminando este caminho, conhecemos, finalmente, o Palácio de Monserrate.
O palácio é de entrada livre para quem está no parque e a sua visita também o é, isto é, não há uma ordem obrigatória de visita.
Mal entramos no Palácio os nossos olhos prendem-se no teto, devido à cúpula em tons vermelhos. Olhando para os lados, deparamos-nos com a chamada de galeria, um corredor onde os arcos das diferentes salas parecem encaixar-se na perfeição (imagens em baixo).
Aqui é possível visitar uma sala de jantar, uma biblioteca (que segundo as placas indicativas é o único quarto com porta), uma sala de estar, uma sala de música (com um piano incrível e um teto lindo) e muitos outros quartos. É ainda possível visitar o andar de baixo e ver aquela que era a cozinha do palácio. No andar de cima é apenas possível visitar uma torre onde encontramos informação sobre os antigos proprietários e sobre a história do palácio.
Saídos do palácio, seguimos por um longo relvado, que nos dá uma vista ainda mais bonita do edifício no topo da propriedade.
Seguindo o caminho entre o relvado, chegamos ao roseiral, onde se encontram mais de 200 variedades. No entanto, devido à altura do ano em que fizemos a visita, não nos foi possível ver esta parte do jardim na sua melhor altura, apesar de haver algumas rosas sobreviventes à altura do ano.
De seguida seguimos as placas para visitar o que nos faltava: o Jardim do México. Nesta parte do jardim é notável a diferença ao nível da flora, marcado pela existência de diversas flores típicas de zonas mais quentes.
O caminho a partir deste Jardim até à saída conduziu-nos por uma parte onde o caminho estava protegido por redes. Uma breve leitura às placas informativas explicou-nos um motivo: possível queda de frutos com mais de 10kg de peso, sendo também isto um indicativo do tipo de plantas exóticas e diversificadas que se encontram na propriedade.
O Parque de Monserrate tem assim diversos caminhos que nos transportam a cenários completamente diferentes. A propriedade, cuja manutenção é responsabilidade dos Parques de Sintra, está extremamente bem cuidada e é sem dúvida uma paragem quase necessária para quem decide visitar Sintra.
É ainda de referir que o Parque tem estacionamento gratuito em frente, o que em Sintra não é muito comum.
Onde estacionar?
Olá André!
O Palácio do Monserrate tem um estacionamento mesmo à porta, que foi onde nós estacionámos. Na altura haviam sempre lugares vazios devido à afluência de entradas e saídas. No entanto, e se este estiver cheio, na mesma rua, a cerca de 200m para a direita do palácio, há uma placa para uma estrada secundária que indica um estacionamento alternativo.
Esperamos ter ajudado 😊