A Gruta das Torres, na Ilha do Pico, Açores, é o maior tubo lávico de Portugal, sendo uma experiência que recomendamos a qualquer pessoa que visite a Ilha do Pico. A gruta, que é a maior gruta conhecida dos Açores, foi descoberta em 1990, sendo iniciado o projeto turístico dez anos depois.
Uma nota importante sobre a visita é que a mesma não está preparada para ser visitada por pessoas com mobilidade reduzida, uma vez que envolve subir e descer algumas escadas, caminhar em pedras (escorregadias, por sinal) e baixarmo-nos em alguns momentos, o que necessita de capacidade de movimento. Ao mesmo tempo, não a recomendamos para quem sente claustrofobia ou para quem tem medo do escuro. Contrariamente a algumas grutas, a Gruta das Torres foi mantida na grande maioria no seu estado original, pelo que surgem normais limitações.
As visitas são realizadas de terça a sábado em horas específicas (quatro horários diferentes no período de novembro a março e cinco horários de abril a outubro), pelo que recomendamos contactarem o Centro de Visitantes da Gruta das Torres com antecedência e tentarem marcar a melhor hora. No nosso caso, visitámos o centro de manhã mas não tinham pessoas suficientes para realizar a visita (3 pessoas), pelo que tivemos de regressar a meio da tarde onde já existia um grupo marcado. O cenário contrário também pode acontecer e a visita já não ter vagas (limite de 15 pessoas), daí a importância de marcar a visita com antecedência, principalmente durante a época alta. Adicionalmente, a visita pode ser condicionada por questões meteorológicas, pelo que recomendamos consultarem a informação no site e comprem o vosso bilhete com antecedência.
A visita tem a duração de uma 1h / 1h30 e o custo de 8€ / adulto (em 2022). Neste custo está incluída a visita guiada, uma lanterna, o capacete e a touca. No nosso caso apanhámos uma guia absolutamente incrível que nos fez adorar toda a experiência.
A Visita à Gruta das Torres
Visitar o maior tubo lávico de Portugal consiste em visitar 450 metros de uma gruta com uma extensão total de 5.150 metros e cerca de 1.500 anos de existência. Além do túnel principal, por onde se realiza a visita, existe um conjunto de vários túneis secundários. Relativamente à altura, o seu interior chega a atingir os 15 metros, mas existem momentos na visita guiada que envolve passar por zonas com cerca de um metro.
A visita é feita de uma forma extremamente interessante, onde caminhamos sob o solo irregular da gruta, no escuro natural da mesma e com a luz artificial apenas das lanternas. Tirando o momento inicial onde existem escadas e terreno regular, na restante visita caminhamos diretamente no tubo de lava, tendo de nos baixar em alguns momentos ou subir por pedras.
A nossa guia foi explicando a formação natural da gruta e destacando alguns elementos, como estalagmites e as paredes estriadas. Foi ainda indicando momentos onde não podemos tocar nas paredes da gruta, devido à reação dos óleos naturais da nossa pele com os fungos das pedras.
Durante a caminhada de cerca de 450 metros, a temperatura vai-se mantendo agradável, a rondar os 15ºC, mas a humidade no interior da gruta é considerável. Ao mesmo tempo, e apesar de não notarmos, o cenário no exterior vai se alterando, o que faz com que a saída da gruta seja absolutamente mágica. Esta saída é feita pelo famoso Algar da Ponte, que envolve subir uma escadaria.
No interior da gruta são ainda realizadas outras atividades interessantes, como concertos, sessões de meditação e a colocação de vinho do pico que fica em estágio durante vários meses.
A Gruta das Torres é, sem dúvida, uma paragem obrigatória para quem visita a Ilha do Pico. Caminhar no interior da terra e conhecer a sua história é uma experiência incrível e que não devem perder.
Peculiaridades do tubo lávico no interior da Gruta das Torres
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