Évora afigura-se como uma das mais famosas cidades do maravilhoso Alentejo, sendo também uma das mais antigas de Portugal.
Conhecida por monumentos como o Templo de Diana e a Capela do Ossos, Évora é o destino perfeito para uma escapadinha de alguns dias. No nosso caso, passámos 2 dias a explorar a cidade e aproveitámos as restantes férias para explorar a zona envolvente (como Marvão, Monsaraz, Arraiolos e, claro, a zona do Alqueva).
Neste roteiro, apresentamos aqueles que são os sítios que não devem perder nesta cidade repleta de história!
Sé de Évora
A Sé de Évora, cujo nome real é Basílica Sé de Nossa Senhora da Assunção, é também conhecida como Catedral Sé de Évora ou Catedral de Évora. Fundada em 1186, consagrada em 1204 e terminada oficialmente em 1250, é a maior catedral medieval do país.
No século XVIII este monumento, todo construído em granito, foi complementado com a construção da capela-mor. A visita à Sé de Évora tem o custo de 4,5€ / adulto para visitar todas as suas partes: Sé, claustro, museu e a incrível vista panorâmica no topo. No entanto, podem optar por visitar só algumas partes e pagar menos. Na sua torre norte encontra-se o Museu de Arte Sacra, cujo bilhete está incluído para quem comprar o bilhete completo (4,5€) ou pode ser comprado à parte por 4€ / adulto. Podem consultar os preços em vigor no site da Câmara Municipal de Évora.
No total, reservem sempre cerca de 1h a 1h30 para conhecerem todas as partes deste incrível monumento com a calma que merece.
Templo Romano de Évora (“Templo de Diana”)
O Templo Romano de Évora, muitas vezes chamado de Templo de Diana, é um templo romano, considerado o mais bem preservado da Península Ibérica. Devido à sua importância histórica, é um dos locais mais conhecidos da cidade de Évora.
Construído no século I, servia de homenagem ao Imperador Augusto. Ao longo dos anos foi tendo várias utilizações, ficando também parcialmente destruído. No século XIX sofreu uma forte recuperação que lhe permitiu manter a sua planta original até aos dias de hoje. A sua base mantém-se intacta e, sobre ela, encontram-se catorze das colunas originais, algumas ainda com os capitéis.
Localiza-se em pleno centro de Évora, mesmo ao lado da Sé de Évora. Por uma questão de preservação, o local encontra-se vedado. Com vista para o templo, temos o Jardim de Diana.
Capela dos Ossos & Igreja de São Francisco
A Capela dos Ossos é um dos monumentos mais conhecidos em Évora. Inserida na Igreja de São Francisco, a Capela tornou-se conhecida devido à decoração das suas paredes, completamente revestida de ossadas humanas.
Localizada no interior da imponente Igreja de São Francisco, a Capela dos Ossos é uma das suas doze capelas laterais. A visita à nave principal da Igreja é gratuita, sendo que tem um custo apenas para quem quer visitar a Capela dos Ossos e outras zonas pagas.
A visita tem atualmente (2023) o custo de 6€ que inclui a visita à Capela dos Ossos, Núcleo de Arte Sacra, Coleção de Presépios, Sala da Tribuna Real, Sala do Capítulo e Presépio Évora e o Terraço. Se optarem pela visita completa, precisam sempre de 45m a 1h30. Recomendamos sempre confirmar o horário e o preço antes da visita, uma vez que pode haver alterações.
Ruas Históricas de Évora
Évora está repleto de construções antigas e incríveis, então recomendamos mesmo que estacionem o carro e sigam a pé pelas ruas. Com um clima tendencialmente quente, parem num café com esplanada para beber uma bebida fresca ou comer um gelado, uma vez que as temperaturas da região (principalmente no verão) são normalmente muito altas. Se gostarem de doces, podem também aproveitar para comer uma queijada de Évora, tradicional da região.
Passeando pelas ruas, não deixem de conhecer a Rua 5 de Outubro, onde predomina o negócio local, a Praça do Giraldo, onde se localiza a grandiosa Igreja de Santo Antão, e a Praça 1º de Maio, onde se destaca a Igreja de São Francisco.
Entre os outros monumentos que podem conhecer passeando pelas ruas, destaca-se a Igreja de São João Evangelista, fundada em 1485 e considerada uma das igrejas particulares mais bonitas de Portugal. Nas laterais da nave destacam-se os azulejos de 1711 e o seu grandioso altar. Aqui destaca-se ainda uma cripta com ossadas de monges do Convento de Lóios, assim como diversos túmulos. A Igreja está normalmente aberta das 10h às 18h.
Outro sítio que vão obrigatoriamente conhecer quando entram na cidade é o Aqueduto da Água de Prata, cuja construção foi iniciada em 1532 com 18km de extensão, ligando um terreno junto ao Convento de São Bento de Cástris ao chafariz da Praça do Giraldo, no centro de Évora. Recentemente foi criado o Percurso da Água da Prata, com 8,3km (para cada lado), cujo folheto podem consultar aqui. Podem ainda aproveitar para visitar a Caixa D’Água da Rua Nova, uma estrutura caricata que servia de ligação entre o Aqueduto e Évora.
Jardim & Ruínas Fingidas
Perto da Capela dos Ossos encontram o Jardim Público de Évora, um enorme jardim com muito para conhecer no seu interior. Construído nos anos 60 do século XIX com uma área de 3,3 hectares, tinha como ideal da sua fundação a ideia do romântico.
Aqui destaca-se o Palácio de D. Manuel e as Ruínas Fingidas, um dos nossos espaços favoritos no Parque.
O Palácio de D. Manuel remota a 1468, começando a ser construído no terreno do Convento de São Francisco, crescendo ao longo dos anos e ocupando uma área maior, contra a vontade dos frades. Posteriormente nasceu em sua volta um jardim, horta e árvores de fruto. A família real terá passado longas temporadas neste palácio, que chegou a servir também de palco para as obras de Gil Vicente. Do Palácio original sobreviveu apenas a Galeria das Damas.
As Ruínas Fingidas, como o próprio nome indica, consiste em falsas ruínas, construídas com materiais retirados das ruínas de vários monumentos da cidade. Aqui inclui-se ainda um resto do troço da muralha medieval.
Museus
Évora, como cidade histórica que é, está repleta de museus! Ficam aqui algumas das opções existentes e os preços:
– Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo / Museu de Évora, localizado no antigo Palácio Arquiepiscopal, tendo várias coleções de diferentes campos das artes. O bilhete custa 8€, sendo gratuito aos domingos e feriados (podem confirmar os horários e preços aqui).
– Centro de Arte e Cultura Eugénio de Almeida, no antigo edifício do Palácio da Inquisição, com exposições principalmente dedicadas à arte contemporânea. Aqui encontram também o Jardim das Casas Pintadas, um conjunto de pinturas do século XVI.
– Coleção de Carruagens, sendo uma exposição da Fundação Eugénio de Almeida mas com outras atrações como a coleção de carruagens. A visita tem o custo de 6€ / adulto. A Fundação oferece ainda um conjunto de visitas guiadas a outras partes da sua coleção, que podem consultar aqui.
– Museu do Relógio, existindo um pólo em Évora e outro em Serpa, totalizando milhares de relógios entre as duas localizações Neste museu encontra-se também uma oficina de restauro de todo o tipo de relógios. O preço é meramente simbólico e ronda os 2€ / adulto.
– Palácio dos Duques de Cadaval, onde podem visitar a Casa do Cadaval e conhecer o seu espólio de pinturas, móveis, esculturas e muitos outros tesouros antigos. A visita inclui também a Igreja de São João Evangelista (mencionada em cima). A visita tem o custo de 8€ / adulto, sendo que o Jardim tem entrada gratuita. A parte do Palácio não visitável é, até aos dias de hoje, residência oficial dos Duques de Cadaval.
– Convento de Nossa Senhora dos Remédios, onde se encontra a exposição Megalithica Ebora, sobre o período do megalitismo e romano. A entrada é gratuita.
– Museu do Brinquedo, com vários brinquedos dos anos 40 e 50 do século XX, sendo de entrada gratuita.
Apesar da lista já extensa, Évora tem mais uns quantos museus que, para os interessados, vale a pena conhecer.
Como chegar e onde estacionar
Apesar de se localizar em pleno Alentejo, e por isso um pouco mais afastado do litoral do país, Évora tem excelente acessibilidade. Para quem parte de Lisboa, é apenas uma viagem de cerca de 1h30 e pouco mais de 130km.
As estradas de acesso a Évora são muito boas e, por isso, a viagem faz-se sem grandes problemas. Tenham apenas em atenção que, dentro da muralha da cidade, muitas das ruas são de sentido único, pelo que um simples engano (como nos aconteceu) pode obrigar a uma volta mais alargada.
A maior dificuldade é mesmo o estacionamento na Zona Histórica. Apesar de existirem um número alargado de estacionamentos, Évora é uma cidade grande e tem muitos habitantes, pelo que existe algumas horas (principalmente ao final do dia) em que o estacionamento na zona central é mais escasso.
No entanto, em volta da zona histórica, já no exterior da muralha, vão surgindo várias zonas de estacionamento, pelo que podem deixar o carro nessa zona se no interior da muralha estiver mais preenchido.
Onde ficámos a dormir
Como grande cidade que é, Évora tem imensos alojamentos disponíveis, tanto no centro histórico como nos arredores.
O alojamento onde ficámos (e recomendamos), foi a Casa Vitória Guest House, em pleno centro histórico. Este alojamento tem ainda a vantagem de ter vários quartos individuais e pequenas casas, para números variados de hóspedes – no nosso caso, por exemplo, éramos cinco pessoas. A grande desvantagem aqui foi mesmo o estacionamento, que é escasso nesta zona.