O Castelo de Santa Maria da Feira, ou Castelo da Feira, é um castelo cuja estrutura original tem já cerca de 1000 anos, remontando ao século X, ainda antes de Portugal ser um país independente. Apesar da idade, o seu estado de preservação é muito bom, sendo um dos melhores castelos para visitar na região.
Durante a sua longa vida de atividade, teve diferentes papéis, destacando-se a sua função militar. Paralelamente, foi habitação de famílias reais e da nobreza, papel que o marcou na história devido à sua relação com Pêro Gonçalves de Marnel, alcaide do Castelo. Terá sido entre estas paredes que se levantaram vozes a favor de D. Afonso para tornar Portugal num país independente, culminando na Batalha de São Mamede.
Ao longo dos anos, muitos outros acontecimentos históricos tiveram, de alguma forma, relacionados com este monumento, pelo que recomendamos que consultem o próprio site do Castelo, onde a história é descrita em maior pormenor (aqui).
Como qualquer castelo com a sua idade, o Castelo da Feira foi sofrendo alterações estruturais ao longo dos anos. Serviu de elemento de defesa durante séculos, tendo, consequentemente, sofrido as consequências normais da sua função e do tempo. No século XV foi restaurado, assumindo finalmente a estrutura que atualmente ainda mantém, apesar de ter sofrido as adaptações normais da evolução do armamento.
Atualmente, o Castelo pode ser visitado a qualquer dia da semana, com exceção da segunda, das 10h às 18h (de abril a setembro) ou das 9h30 às 17h (de outubro a março), com pausa de 1h para almoço. O bilhete é adquirido na capela, junto à entrada do castelo e custa 3€ / adulto (em 2022, aquando da nossa visita).
A visita inicia-se exatamente nesta pequena capela hexagonal, a Capela de Nossa Senhora da Encarnação, construída em 1656. Apesar de pequena, tem um imponente altar que vale a pena conhecer.
Após conhecer a capela, é altura de visitar o Castelo. Para isso, tem de se passar pela Porta da Vila, que leva diretamente para a Praça de armas, uma grande praça que conduz à torre de menagem. É o primeiro piso desta grande torre que constitui a estrutura original da construção.
Composta atualmente por dois pisos, esta parte do Castelo foi reconvertida para um caráter mais residencial, sendo composta por várias divisões, onde ainda se consegue perceber o objetivo para o qual eram utilizadas, sendo de destacar o antigo salão nobre, com as chaminés e a tribuna para músicas atuarem durante cerimónias.
A partir daqui, dá para seguir por vários caminhos que conduzem a diferentes partes do Castelo. Uma das nossas partes favoritas é a tenalha, construída do lado sul do castelo como proteção à torre de menagem. Uma boa imagem desta parte do Castelo é obtida no eirado, o topo da torre de menagem, que é acessível através de umas escadas.
Adicionalmente, as masmorras são um ponto interessante e nem sempre acessível neste tipo de castelos. Tenham em atenção que existem vários sítios onde é preciso subir e descer escadas, como a visita às masmorras e a visita ao eirado. Paralelamente, o terreno dentro do Castelo não é sempre certo, pelo que pode precisar de ter algum cuidado adicional.
Saindo da muralha do castelo, e andando à sua volta, surge um imponente portão que conduz até à Quinta do Castelo. Outra possível entrada é através da rampa de acesso ao castelo.
A Quinta do Castelo é de acesso gratuito. Este espaço verde é um lugar incrível para dar um passeio ou desfrutar de um ambiente de paz.
Composto por árvores centenárias e outras pouco comuns na região, como o bordo-do-Japão, o elemento central deste parque é mesmo o lago e a gruta artificial de dois andares. À sua frente, ergue-se uma magnífica ponte que simula ser feita de ramos de árvores.
Visitar o Castelo de Santa Maria da Feira e a Quinta do Castelo é quase que obrigatório para quem vem conhecer a região. Adicionalmente, recomendamos que visitem esta altura durante a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria, que decorre anualmente nas duas primeiras semanas de agosto, e que se desenrola em volta do castelo, onde decorrem recriações da vida que ali existia no ano que dá tema à Viagem Medieval. A Quinta do Castelo é, por sua vez, reconvertida numa atividade paga, denominada de Banhos de S. Jorge.