A Mata Nacional do Buçaco (ou Bussaco, sendo ambas as escritas corretas) consiste numa área com 105 hectares, composta por uma grande variedade de fauna e flora, sendo localizada na Mealhada, no limite entre os distritos de Aveiro e Coimbra. A entrada nesta área (envolvida por muralha) é gratuita se for realizada a pé. Para o acesso com carro é necessário o pagamento de 5€/carro.
Sendo uma vasta zona, deixamos aqui algumas dicas para melhor aproveitarem este destino. Adicionalmente, podem adquirir um mapa no posto de turismo pelo preço simbólico de 0,50€ (em dezembro de 2020). Podem ainda consultar o mapa disponibilizado online pela Fundação Mata do Bussaco (aqui), mas com menor detalhe comparativamente ao disponível na loja.
Palácio Hotel e Convento de Santa Cruz
O Palácio Hotel do Buçaco, cuja construção se iniciou em 1888, veio a ser terminado poucos anos depois, destinado à rainha D. Maria I. Atualmente convertido em Hotel, esta construção capta logo o olhar de quem aqui chega.
À sua volta temos diversas escadarias e, numa lateral, painéis de azulejos com momentos alusivos aos descobrimentos e à Batalha do Buçaco.
Para visitarem o seu interior, necessitam de se hospedar no mesmo, podendo fazê-lo através de diversas plataformas.
Junto ao Palácio Hotel encontramos o Convento de Santa Cruz, ligado às práticas religiosas dos Carmelitas Descalços. Aparentando ser um edifício pequeno pela sua entrada afunilada, o seu interior convence pela majestosidade, abrindo-se em espaços amplos.
Apesar de ser de acesso gratuito, o Convento tem um horário de funcionamento, coincidente com o do posto turístico em frente, pelo que tenham isso em atenção na vossa visita. Aqui podem ainda optar por uma visita guiada (paga).
No seu redor encontramos um maravilhoso jardim, extremamente bem cuidado, enquadrando o hotel na paisagem e criando quase que uma entrada na parte mais densa da Mata do Buçaco.
fonte fria
Uma das principais atrações deste destino: a Fonte Fria. Esta consiste numa fonte que une duas linhas de água distintas do Buçaco, criando um efeito de cascata através de uma longa escadaria.
O lago da Fonte Fria, no fundo da escadaria, foi uma adição posterior, resultante de uma reconstrução a esta parte da Mata. Aqui recomendamos aproveitarem para dar uma volta e conhecerem a fauna e flora desta zona, como Vale dos Fetos.
Para aqui chegarem podem fazer o percurso de carro, ficando muito perto do Palácio. Na estrada de acesso à zona central da Mata, vai aparecer um corte (com indicações) que levam a uma área onde podem deixar o carro. A partir daí são apenas uns metros a pé até ao topo da escadaria.
Tenham em atenção que, como o nome indica, esta zona é muito fria devido à água e à vegetação densa, pelo que recomendamos que, mesmo na altura de Verão, se façam acompanhar de um casaco.
Cruz Alta
A Cruz Alta consiste, na nossa opinião, num dos sítios a não perder no Buçaco. Sendo o ponto mais alto da Serra do Buçaco (a 547 metros de altitude), este representa a paragem final da via sacra.
É também neste miradouro que temos uma paisagem de cortar a respiração: desde o Oceano Atlântico, à Serra do Caramulo e à Serra da Estrela.
Este miradouro é acessível através de estradas, em bom estado de conservação, onde podem mesmo passar carros ou, como nós optámos por fazer, a pé. O acesso a pé é feito pela chamada de Floresta Relíquia, a parte mais densa e antiga desta Mata, sendo a nossa recomendação seguinte.
Trilhos e Adernal
A Mata Nacional do Buçaco tem um total de quatro trilhos marcados: Trilho da Água (que se foca mais na região da Fonte Fria), o Trilho Floresta Relíquia (que vai do Palácio Hotel até à Cruz Alta e daí às Portas de Coimbra), o Trilho Militar (que vai até ao Museu Militar, já fora da muralha da Mata) e o Trilho Via-Sacra (recriando o percurso feito pelos frades que aqui habitavam).
Como já referimos anteriormente, podem optar por comprar um mapa com a indicação dos trilhos no posto de turismo/informação, tendo o custo de 0,5€. Neste espaço, o percurso que nos foi recomendado foi a Floresta Relíquia, por permitir conhecer a zona mais afastada e mais bonita da Mata: o adernal, das partes mais primitivas e densas deste espaço.